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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Escola de Pedra acessa web via energia elétrica

ANTENADOS: Escola da Pedra é pioneira em receber netbooks

Pouco mais de 500 estudantes da Escola Anete Vale de Oliveira, situada em Pedra, no Agreste (distante 232 km do Recife), são os primeiros pernambucanos a acessar a internet pela rede elétrica, a chamada Power Line Communication – PLC.

E não é só isso. Como a escola também faz parte do programa Um Computador por Aluno (UCA), cada um dos estudantes, bem como professores, está equipado com um netbook com 4 Gb de HD, 512 de memória RAM e tela de 7 polegadas. "A empolgação e a ansiedade tomaram conta dos alunos no primeiro dia", relata a diretora da escola, Genilda Barros.
A entrega e a inauguração dos equipamentos ocorreram na sexta-feira, dia 6 e contou com a presença do Prefeito da Pedra Francisco Braz, Nilton Mota, Secretário de Educação do Estado, José Luiz Aquino, do Gabinete da Presidência e  Elma dos Santos, Gestora da GRE / Arcoverde. Mas só na última segunda-feira (09), os alunos puseram mesmo a mão na massa. "No começo, eles acabaram usando os computadores por pouco tempo, pois não estavam acostumados ainda com o aparelho", lembra a diretora. Os professores tiveram acesso aos computadores durante recesso do meio do ano, o que garantiu a eles familiaridade antes das aulas.
Este problema já foi driblado no segundo dia, quando todos estavam confortáveis e trabalhando. Segundo a diretora, alguns professores aproveitaram o conteúdo instalado nas máquinas para aplicar nas aulas, além da disponibilidade dos sites da internet.
A instalação foi coordenada pela Associação de Empresas Proprietárias de Infraestrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações (Aptel) a convite da assessoria especial da Presidência, responsável pelo UCA. Entre os primeiros diálogos e a finalização do projeto, passaram-se cerca de três anos, tempo em que o governo federal decidia que computador faria parte do projeto.
Os equipamentos PLC e Access Point foram doados pelas empresas Panasonic e Procable, já a infraestrutura para conexão dos computadores à rede foi garantida pela Celpe.



Os alunos conectam-se à web através das portas wi-fi dos netbooks, eliminando a necessidade de fios espalhados pela sala e barateando a instalação. "Esse é o grande atrativo do sistema. A internet chega até a escola pelas vias normais, mas toda a rede interna é através do PLC", conta o presidente da Aptel, Pedro Jatobá.
A troca interna de arquivos também é feita através da rede elétrica. "Boa parte do conteúdo fica guardado no servidor local da escola. Assim se economiza banda de internet e também se poupa a memória interna dos netbooks, que já é pequena", completa Jatobá.
A velocidade é alta, 100 Mbps. "Está muito rápido e bem estável. Não tivemos problema nenhum com a internet ou os equipamentos nestes primeiros dias", conta Genilda. Por enquanto, os alunos ainda não podem levar os computadores para casa. Os notebooks ficam guardados na própria escola, cada um no seu armário, esperando pelos estudantes. "No futuro, eles poderão fazer o dever de casa com os computadores, mas essa primeira fase é de conscientização, de valorização do que foi dado aos alunos", explica a diretora.
A navegação, no entanto, está liberada. Somente sites pornográficos não são tolerados. "Páginas como Orkut podem ser vistas pelos alunos. O processo de inclusão digital passa também por sites de relacionamentos, faz parte da experiência de usar a internet", afirma a gestora.
Os alunos têm acesso livre aos notebooks nos intervalos das aulas, mas no recreio a regra ainda não foi definida. "Imagina 500 jovens, cada um com um computador, num intervalo de 15 minutos... Eles precisam lanchar também", brinca Genilda.

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