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terça-feira, 6 de julho de 2010

Ensino Médio brasileiro está atrasado em relação aos países desenvolvidos

http://portal.mec.gov.br/img/2007/escolaliderideb1_g.jpg
Mas os dados do Ideb mostram que o Ensino Fundamental melhorou em alguns estados. Apesar de todos os alertas, a educação ainda é um dos maiores

Como se faz uma boa escola, com professores que ensinem bem e alunos que aprendam? A pergunta vem assombrando o Brasil há tempos – porque os resultados escolares aqui estão bem atrás do que conseguem alunos dos países desenvolvidos.
Houve mudanças. Nos últimos dois anos, o Ensino Fundamental melhorou nas Regiões Sul e Sudeste. Chegou mais perto da meta – a nota escolar, fixada pelo governo em seis. Mas ainda há muito a conquistar. O indicador que mede a qualidade da educação básica do país mostrou onde ficam as melhores e as piores escolas brasileiras.
No mural, muitos cartazes da Copa do Mundo. Os 300 alunos da pequena escola da Penha, no subúrbio carioca, estão aproveitando a Copa para estudar a história e a geografia dos países participantes do torneio.
Desde 2005 essa escola tira notas acima de 6 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o equivalente às escolas do primeiro mundo. Dessa vez, a escola tirou 7,8 e alcançou a meta prevista para o ano de 2021.
A escola João de Deus, na Penha, conseguiu o que o Brasil inteiro está perseguindo há anos. A diretora Luciana Landrino diz que educar não tem segredo. É muito trabalho, comprometimento com o ensino, perseverança.
“Não pensar que na escola pública o ensino tem que ser diferenciado ou o aluno aprende menos. Nós sempre acreditamos que os alunos da escola pública têm um potencial igual a qualquer outro aluno de qualquer outra escola”, compara Luciana Landrino.
O Ideb é o principal indicador da qualidade do ensino brasileiro. Leva em conta as aprovações, reprovações, a evasão escolar e as notas dos estudantes em língua portuguesa e matemática. No restante do país, de 2007 para cá, o índice aumentou, mas 24% das cidades não conseguiram alcançar as metas previstas para 2009.
“Agora, cada escola vai ter um diagnóstico para fazer seu trabalho e sua perspectiva de melhora para que a educação brasileira continue indo para frente”, aponta o presidente do INEP/Ministério da Educação Joaquim José Soares Neto.
Minas Gerais e Distrito Federal tiveram a maior média nos primeiros anos no Ensino Fundamental: 5,6. São Paulo e Santa Catarina foram os campeões do 6º ao 9º ano: 4,5. O Paraná, com 4,2 lidera o ranking do Ensino Médio.
Curitiba foi a melhor entre todas as capitais, com média de 5,7. A Região Nordeste registrou os resultados mais baixos do Ideb. No Ensino Médio, o Piauí apresentou o pior desempenho por estado, com nota 3. Quatro cidades baianas também estão entre as que apresentaram as notas mais baixas no Ensino Fundamental.
Ainda leva tempo para alcançar os seis pontos que o MEC considera ideais e que poriam o Brasil no mesmo nível do primeiro mundo. Mas o que faz uma escola e seus alunos conquistarem esses pontos?
A escola João de Deus, no subúrbio carioca, que alcançou uma das melhores médias do país, não tem instalações modernas, nem computadores nas salas de aula. Mas os professores sempre debatem como podem melhorar a maneira de ensinar.
A professora Rosilene Azeredo trabalha diariamente com a turma a escrita, a leitura, a interpretação de textos: “Com a leitura, o aluno tem acesso a temas que circulam, como ética, saúde, meio ambiente”.
De acordo com os especialistas, para alcançar novos patamares de ensino, o país precisa voltar os olhos para a educação, estimular os alunos, motivar os professores.
“É preciso que as escolas sejam incentivadas a se interessar e se envolver pelos resultados da educação das crianças. É preciso criar mecanismos pelos quais atraia pessoas competentes, valorize o investimento, o envolvimento das pessoas na educação. É um conjunto de coisas”, destaca o especialista em educação Simon Schwartzmann.
A meta do governo brasileiro é  chegar a esse índice mundial – a nota seis – em 2021.

FONTE: Bom dia Brasil.

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