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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Noticias da Copa


 Argentina e Alemanha avançam em dia de arbitragem desastrosa



Goleiro Neuer olha o chute de Lampard ultrapassar a linha do gol 
na vitória alemã por 4 a 1 sobre a Inglaterra neste domingo Foto: AP
Chute de Lampard ultrapassou claramente a linha do gol contra a Alemanha; só Jorge Larrionda não viu


O domingo começou com a expectativa de grandes jogos nas oitavas de final: Argentina e México reeditariam o grande confronto da Copa de 2006, e Alemanha e Inglaterra fariam o primeiro "encontro de titãs" do Mundial. Argentinos e alemães ganharam bem e vão se encontrar nas quartas, mas as vitórias de ambos ficaram manchadas por erros grosseiros de arbitragem - que, se não foram determinantes para o placar final, influenciaram o andamento das partidas.
Na partida que abriu o dia, a Alemanha jogava bem e dominava a Inglaterra, vencendo por 2 a 0, até o zagueiro Upson diminuir. Pouco depois, Lampard acertou chute por cobertura que tocou no travessão, quicou quase meio metro além da linha e voltou para o campo. O árbitro uruguaio Jorge Larrionda, porém, não validou o gol, causando revolta e incredulidade nos ingleses. No fim, goleada alemã por 4 a 1.
A outra presepada do dia foi italiana. O auxiliar Stefano Ayroldi não apontou um impedimento claro de Tevez (não havia nenhum adversário entre o atacante argentino e o gol) e o camisa 11 ficou livre para abrir o placar contra o México. 

Ayroldi fez menção de anular o lance após as imagens do impedimento terem sido exibidas no telão do Estádio Soccer City, mas o árbitro Roberto Rosetti validou a jogada.
Os dois erros reabriram a discussão sobre o uso da tecnologia no futebol, para que lances duvidosos sejam revistos e corrigidos durante as partidas. O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, disse após Argentina x México que a implantação da medida não está em pauta, e que nunca existirá um sistema "à prova de falhas" para árbitros e auxiliares.
A arbitragem catastrófica, no entanto, não foi o único fator de destaque do domingo. Houve também futebol, principalmente no massacre alemão sobre os ingleses em Bloemfontein. A jovem equipe comandada por Özil, Khedira, Schweinsteiger, Müller e Podolski, com seu jogo de passes rápidos e movimentação constante, foi superior à "engessada" Inglaterra durante os 90 minutos de jogo.
Klose abriu o placar depois que a defesa inglesa o deixou cara a cara com o goleiro James e marcou seu 12º gol em Copas do Mundo, igualando ninguém menos que Pelé. O segundo gol nasceu depois que a movimentação do ataque alemão novamente deixou a zaga adversária escancarada, e Podolski recebeu de Müller antes de estufar as redes com o pé esquerdo.
O gol de cabeça de Upson e o lance inacreditavelmente anulado de Lampard deram a ilusão de que os ingleses poderiam se recuperar no jogo, mas a diferença entre os times era gigantesca. Melhores técnica e taticamente, os comandados de Joachim Löw fizeram mais dois gols com Thomas Müller, ambos em contra-ataques rápidos. A Gerrard, Lampard, Rooney e companhia, restou fazer as malas e lamentar outro fracasso em Mundiais.
Já a vitória da Argentina por 3 a 1 sobre o México, apesar do placar, não teve o domínio completo da seleção sul-americana. O time de Javier Aguirre começou muito melhor o jogo, explorando as deficiências da defesa argentina e ameaçando com chutes de longe o inseguro goleiro Romero. Messi se mexia pelo campo todo e tentava armar jogadas, mas pecava pelo excesso de individualismo.
Foi aí que Tevez, sozinho na pequena área e sem nenhum mexicano atrás dele, abriu o placar com uma cabeçada de curta distância. O gol irregular pareceu desestabilizar os adversários, e o zagueiro Osorio errou um passe simples poucos minutos depois, entregando a bola de presente para Higuaín. O atacante só precisou driblar o goleiro Pérez e tocar para o gol vazio.
No começo do segundo tempo, Tevez acertou uma pancada de fora da área para fazer 3 a 0 e praticamente definir o jogo. O México se lançou à frente e conseguiu pressionar os argentinos, mas só balançou as redes uma vez, em belo lance do jovem Javier Hernández. Quando veio o apito final, caiu um tabu da Argentina em Copas: desde 1990, contra o Brasil (1 a 0, nas oitavas de final), o time não vencia um jogo de mata-mata em 90 minutos.

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