480 policiais atuam na operação da PF e PRF que tem como alvo as delegacias e postos situados nas BRs 101, 232 e 408
Foto: Reprodução/TV Globo
A Polícia Federal em Pernambuco, em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), desencadeou, nesta quarta-feira (9), a Operação Boa Viagem, a maior nos últimos cinco anos. O objetivo é desarticular núcleos de corrupção dentro da PRF. Cinco policiais rodoviários federais foram presos e levados para a sede da PF. Outros 25 estão sendo investigados e foram afastados das funções. Durante a operação, foram apreendidos ainda R$ 180 mil que estavam em poder dos investigados.
A partir de investigação realizada pela Polícia Federal, sob a supervisão do Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco, a Justiça Federal decretou a prisão preventiva dos cinco agentes, além de 25 conduções coercitivas (quando a pessoa é obrigada a ir prestar depoimento), 65 mandados de busca e apreensão, sendo 10 em postos e delegacias da PRF, sete em empresas e 45 nas residências dos envolvidos. Todos são afastados de seus cargos enquanto durar a investigação.
De acordo com a assessoria de Comunicação da Polícia Rodoviária Federal, os cinco presos são: José Humberto Tavares de Melo, Ecivaldo Pereira de Oliveira, Carlos Henrique da Silva Gomes, Francisco Fábio Parente Saraiva e Antônio Medeiros de Araújo.
O alvo foram policiais rodoviários federais lotados nas delegacias e postos situados nas rodovias federais (BRs) 101, 232, 408, das cidades de Igarassu, Carpina, Cabo, Ribeirão, Moreno, Gravatá, Caruaru, Quipapá e São Caetano. Segundo a polícia, eles cometiam diversos crimes por meio da omissão nas fiscalizações de sua competência e recebimento de vantagens indevidas.
As investigações, que correm em segredo de Justiça, tiveram início em 2008, quando deu-se conta da existência de uma série de núcleos organizados que cobravam “pedágios” de usuários nas rodovias federais. Os suspeitos também ofereciam proteção a cooperativados ou não de transportes alternativos, a empresas de logística e transportes, além de usinas, para que veículos ligados às mesmas tivessem trânsito livre, isto é, sem que fossem fiscalizados.
“Os cinco policiais que foram presos estavam deixando de fiscalizar os veículos com excesso de carga, mas eles não agiam em grupo. A investigação começou em 2006 e, desde então, estamos juntando imagens para apoiar a Polícia Federal na ação. Agora, os policiais vão responder processo administrativo disciplinar nas Corregedorias. E quem está afastado cautelarmente terá os direitos de policial suspensos”, explicou o superintendente da PRF do Mato Grosso do Sul, Valter Favaro (foto 6).
Também foram identificados, e estão sendo responsabilizados, empresários e representantes de empresas que fomentavam a corrupção. Os suspeitos estão sendo acusados de corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, falsidade ideológica, advocacia administrativa e violação de sigilo funcional.
OPERAÇÃO
Participaram da operação 280 policiais federais de sete estados (Alagoas, Paraíba, Ceará, Piauí, Sergipe, Rio Grande do Norte, Pernambuco) e 200 policiais rodoviários federais das Corregedorias-Geral e Regionais e Grupos Especializados de 14 estados (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará, Sergipe, Distrito Federal e Tocantins).
DENÚNCIA
O telefone da PRF pelo qual é possível fazer denúncia contra policiais corruptos é o 191. A assessoria de comunicação da Polícia Rodoviária Federal informou que, somente nesta tarde, 53 denúncias contra policiais rodoviários em Pernambuco foram feitas ao telefone de emergência da PRF.
Um policial rodoviário federal em início de carreira recebe, em média, cerca de R$ 8 mil por mês. De acordo com a Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal, nos últimos cinco anos, 59 policiais foram presos em todo o país e 122 foram demitidos. No ano passado, foram abertos 966 processos disciplinares contra policiais rodoviários.
A partir de investigação realizada pela Polícia Federal, sob a supervisão do Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco, a Justiça Federal decretou a prisão preventiva dos cinco agentes, além de 25 conduções coercitivas (quando a pessoa é obrigada a ir prestar depoimento), 65 mandados de busca e apreensão, sendo 10 em postos e delegacias da PRF, sete em empresas e 45 nas residências dos envolvidos. Todos são afastados de seus cargos enquanto durar a investigação.
De acordo com a assessoria de Comunicação da Polícia Rodoviária Federal, os cinco presos são: José Humberto Tavares de Melo, Ecivaldo Pereira de Oliveira, Carlos Henrique da Silva Gomes, Francisco Fábio Parente Saraiva e Antônio Medeiros de Araújo.
O alvo foram policiais rodoviários federais lotados nas delegacias e postos situados nas rodovias federais (BRs) 101, 232, 408, das cidades de Igarassu, Carpina, Cabo, Ribeirão, Moreno, Gravatá, Caruaru, Quipapá e São Caetano. Segundo a polícia, eles cometiam diversos crimes por meio da omissão nas fiscalizações de sua competência e recebimento de vantagens indevidas.
As investigações, que correm em segredo de Justiça, tiveram início em 2008, quando deu-se conta da existência de uma série de núcleos organizados que cobravam “pedágios” de usuários nas rodovias federais. Os suspeitos também ofereciam proteção a cooperativados ou não de transportes alternativos, a empresas de logística e transportes, além de usinas, para que veículos ligados às mesmas tivessem trânsito livre, isto é, sem que fossem fiscalizados.
“Os cinco policiais que foram presos estavam deixando de fiscalizar os veículos com excesso de carga, mas eles não agiam em grupo. A investigação começou em 2006 e, desde então, estamos juntando imagens para apoiar a Polícia Federal na ação. Agora, os policiais vão responder processo administrativo disciplinar nas Corregedorias. E quem está afastado cautelarmente terá os direitos de policial suspensos”, explicou o superintendente da PRF do Mato Grosso do Sul, Valter Favaro (foto 6).
Também foram identificados, e estão sendo responsabilizados, empresários e representantes de empresas que fomentavam a corrupção. Os suspeitos estão sendo acusados de corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, falsidade ideológica, advocacia administrativa e violação de sigilo funcional.
OPERAÇÃO
Participaram da operação 280 policiais federais de sete estados (Alagoas, Paraíba, Ceará, Piauí, Sergipe, Rio Grande do Norte, Pernambuco) e 200 policiais rodoviários federais das Corregedorias-Geral e Regionais e Grupos Especializados de 14 estados (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará, Sergipe, Distrito Federal e Tocantins).
DENÚNCIA
O telefone da PRF pelo qual é possível fazer denúncia contra policiais corruptos é o 191. A assessoria de comunicação da Polícia Rodoviária Federal informou que, somente nesta tarde, 53 denúncias contra policiais rodoviários em Pernambuco foram feitas ao telefone de emergência da PRF.
Um policial rodoviário federal em início de carreira recebe, em média, cerca de R$ 8 mil por mês. De acordo com a Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal, nos últimos cinco anos, 59 policiais foram presos em todo o país e 122 foram demitidos. No ano passado, foram abertos 966 processos disciplinares contra policiais rodoviários.
Da Redação do pe360graus.com
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