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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Rio Una Volta a transbordar na Zona da Mata

Palmares: rio Una isola a cidade, provoca pânico e desolação
  









Chegamos a Palmares por volta das 15 horas depois de passar quatro horas em Barreiros. Deparamos-nos com um cenário dramático: o rio Una, mais uma vez, transbordando de canto a canto. Duas pontes sobre o Una desabaram. Una, logo na BR-101, e outra no centro. A polícia federal bloqueou o acesso de carros a parte inundada, porque em algumas ruas as águas do rio chegaram a transbordar cerca de três metros.
  








A solução, para muitos que estavam isolados, era fazer a travessia a pé, arriscando ser puxado pelas águas. Como Barreiros, a parte baixa de Palmares foi literalmente destruída. Com a ajuda de um motoqueiro conseguimos chegar até a área mais devastada – o centro comercial. Ali, o odor insuportável obrigava ao uso de máscaras. Encontramos voluntárias da Igreja Batista de Jaboatão ajudando na limpeza.









Como encontramos, igualmente, muita reclamação de moradores. Macson Francklin, residente na área, contou que ali não chega nenhum tipo de ajuda, nem comida, nem roupa, nem sequer água. Informou que o prefeito Beto da Usina passou por ali, olhou, prometeu ajuda e não mais sinal de vida. “Não podemos sequer acompanhar o jogo do Brasil, porque estamos sem energia”, disse ele.









Do alto – e Palmares fica incrustada em vários morros – o cenário que se observa é de desolação, de horror. Gente andando de um canto a outro, sem saber o que será da vida. “Até para conseguir comida aqui eles exigem que se cadastre”, reclama Maria Bernadete, 35 anos, encontrada num abrigo da cidade.
 








A reclamação dela está relacionada a concentração da distribuição de cestas básicas e donativos na Faculdade de Formação de Professores. Foi lá que encontramos a  “Operação Reconstrução”, criada pelo Governo do Estado para socorrer as famílias atingidas pelas cheias. Com a ajuda do Exército, os donativos são recolhidos e levados para uma grande sala, onde dezenas de voluntários ajudam na confecção das cestas básicas.
 








São duas mil cestas básicas que saem dali todos os dias. Ao lado, outra sala seleciona roupa, cobertores e colchões para os desabrigados. “Eu vim aqui dar a minha solidariedade”, diz a estudante Ivonete Cavalcanti da Silva , que está há 10 dias como voluntária ajudando na produção e na embalagem da cesta básica.(Fotos de Gianny Melo)
Fonte: Blog do Magno Martins.

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